
1989 | MARROCOS | Drama | 1h 47m
19 A 21 MARÇO
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PORTA PARA O CÉU
(Farida Benlyazid)
Nadia retorna ao Marrocos para visitar o pai doente. Ao conhecer Karina, ela decide transformar a casa do pai em um abrigo para mulheres.
21 MARÇO | 18H
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DEBATE
com Janaína Oliveira
mediação de Letícia Bispo


Janaína Oliveira
Pesquisadora e curadora, Janaína Oliveira é doutora em História, professora no IFRJ (Instituto Federal do Rio de Janeiro), e foi Fulbright Scholar no Centro de Estudos Africanos na Universidade de Howard, em Washington D.C. nos EUA. Desde 2009, desenvolve pesquisas sobre as cinematografias negras e africanas, atuando também com curadora, consultora, júri e painelista em diversos festivais e mostras de cinema no Brasil e no exterior. Em 2019 realizou a mostra “Soul in the eye: Zózimo Bulbul's legacy and the Contemporary Black Brazilian Cinema” no IFFR - International Film Festival Rotterdam. Foi também consultora de filmes da África e da diáspora negra para o Festival Internacional de Locarno (2019-2020). Atualmente é curadora do Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul (RJ), do FINCAR (Festival Internacional de Realizadoras / PE) e da Baobácine Mostra de Filmes Africanos de Recife. Faz parte da APAN (Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro). É idealizadora e coordenadora do FICINE, Fórum Itinerante de Cinema Negro (www.ficine.org) e é a programadora do Flaherty Film Seminar (Nova York) para 2021.
Pesquisadora e curadora, Janaína Oliveira é doutora em História, professora no IFRJ (Instituto Federal do Rio de Janeiro), e foi Fulbright Scholar no Centro de Estudos Africanos na Universidade de Howard, em Washington D.C. nos EUA. Desde 2009, desenvolve pesquisas sobre as cinematografias negras e africanas, atuando também com curadora, consultora, júri e painelista em diversos festivais e mostras de cinema no Brasil e no exterior. Em 2019 realizou a mostra “Soul in the eye: Zózimo Bulbul's legacy and the Contemporary Black Brazilian Cinema” no IFFR - International Film Festival Rotterdam. Foi também consultora de filmes da África e da diáspora negra para o Festival Internacional de Locarno (2019-2020). Atualmente é curadora do Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul (RJ), do FINCAR (Festival Internacional de Realizadoras / PE) e da Baobácine Mostra de Filmes Africanos de Recife. Faz parte da APAN (Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro). É idealizadora e coordenadora do FICINE, Fórum Itinerante de Cinema Negro (www.ficine.org) e é a programadora do Flaherty Film Seminar (Nova York) para 2021.

Letícia Bispo
Letícia Bispo é uma das fundadoras, editoras e curadoras do Verberenas. É mestranda no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Minas Gerais, na linha de pesquisa Pragmáticas da Imagem, e bacharel em Comunicação Social / Audiovisual na Universidade de Brasília. Trabalha como crítica, pesquisadora e curadora na área de cinema e audiovisual. É uma das curadoras do do Rastro - festival de cinema documentário, e fez parte da comissão de seleção internacional do 22º Fest Curtas BH. Realizou, como diretora e roteirista, o curta-metragem "O sal dos olhos", exibido na programação da Mostra Brasília do 48º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, entre outras mostras. Trabalha no Núcleo Técnico de Audiovisual da Universidade de Brasília.
Letícia Bispo é uma das fundadoras, editoras e curadoras do Verberenas. É mestranda no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Minas Gerais, na linha de pesquisa Pragmáticas da Imagem, e bacharel em Comunicação Social / Audiovisual na Universidade de Brasília. Trabalha como crítica, pesquisadora e curadora na área de cinema e audiovisual. É uma das curadoras do do Rastro - festival de cinema documentário, e fez parte da comissão de seleção internacional do 22º Fest Curtas BH. Realizou, como diretora e roteirista, o curta-metragem "O sal dos olhos", exibido na programação da Mostra Brasília do 48º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, entre outras mostras. Trabalha no Núcleo Técnico de Audiovisual da Universidade de Brasília.





CURADORIA SESSÃO #1
Em meio à dura realidade pandêmica que estamos vivendo, meu solitário processo de curadoria para a primeira das Sessões Verberenas foi iluminado por poucos e preciosos encontros. Foram dias e dias de pesquisa, busca e visionamento de filmes ao mesmo tempo em que nosso país mergulhava em uma crise sanitária e humanitária sem precedentes. O trabalho com cinema tem me proporcionado, em meio a isso, a possibilidade de encontro com humanidades e multiplicidades que afastem a desesperança e o niilismo.
Porta para o Céu (1989), realizado por uma mulher marroquina pioneira em seu país, Farida Benlyazid, me pareceu um filme que gostaria de exibir nesse momento. Sinto que essa obra nos convida a uma relação com o que nos é diferente sem que esse contato resulte em uma conformação do outro. Através do mundo interno de uma mulher marroquina, muçulmana, que aspira por uma vida em comunidade e liberdade, navegamos nossas próprias contradições. Parece-me uma possibilidade real de diálogo, que só é possível hoje devido ao admirável trabalho de restauração de pesquisadores do Transnational Moroccan Cinema, da Universidade de Exeter, no Reino Unido.
Exibiremos Porta para o Céu pela primeira vez no Brasil devido à generosidade de Farida Benlyazid, que pareceu muito feliz em ver sua obra “atravessar” o Atlântico, ainda que virtualmente. O Verberenas patrocinou a criação das legendas em português, que poderão ser usadas em futuras exibições do filme, graças ao apoio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal. Convidamos todas para assistir à primeira das Sessões Verberenas com a confiança de que ela expressa nossa vontade de abrir portas.
Como afirma Janaína Oliveira, em seu texto sobre o filme para revista Verberenas nº05, “o ato de cruzar essa porta pode ser percebido como o estabelecimento de relações outras com as muitas encruzilhadas que Benlyazid nos proporciona”. Continuamos, então, acreditando no poder do cinema em abrir portas e promover essas relações, ainda que — e especialmente — em meio ao caos. Poucos e preciosos encontros, que ensejem novos mundos.
Boa sessão a todas!
Letícia Bispo
